Cercado de amigos e familiares, avaianos e figueirinos, o grande goleiro Adolfinho foi sepultado na tarde de ontem com direito a um pequeno discurso do orador-mor Fernando Bastos. Homem de palavra fácil, traquejado orador, Fernando se emocionou demais e chegou a ficar sem palavras. Foi-se o último baluarte do tetracampeonato. A cidade chorou e logo depois até o Avaí venceu homenageando o seu jogador, símbolo da garra, do tempo que se jogava por amor à camisa.
Estranho foi o comportamento da "nossa" imprensa que ignorou o acontecimento resumido a poucas linhas nos portais da net (depois do sepultamento) e jornais impressos. Televisão, nem pensar, Jornal do Almoço, neca. Em se tratando do grupo que monopoliza a comunicação em Santa Catarina nenhuma surpresa. Fatos como esse não merecem desses senhores nada além de um muxoxo, um "registre-se". demonstram claramente e a toda hora que não estão nem aí para as nossas tradições, a nossa gente. O negócio deles é espalhar galpões e ctgs pelo estado afora. Cansamos de ver nossos personagens ilustres, aqueles que fizeram desta a ilha da magia sairem de cena sem que lhes seja dado uma exposição maior que as 3 ou quatro linhas do obituário. No futebol, depois que entraram para a Academia Ilhoa das "Letras" escancaram a preferência pela cor(?) preta sem a menor cerimônia e dane-se quem quiser.
Adolfinho merecia mais.