quinta-feira, 10 de março de 2011

POUCO CASO

Cercado de amigos e familiares, avaianos e figueirinos, o grande goleiro Adolfinho foi sepultado na tarde de ontem com direito a um pequeno discurso do orador-mor Fernando Bastos. Homem de palavra fácil, traquejado orador, Fernando se emocionou demais e chegou a ficar sem palavras. Foi-se o último baluarte do tetracampeonato. A cidade chorou e logo depois até o Avaí venceu homenageando o seu jogador, símbolo da garra, do tempo que se jogava por amor à camisa. 

Estranho foi o comportamento da "nossa" imprensa que ignorou o acontecimento resumido a poucas linhas nos portais da net (depois do sepultamento) e jornais impressos. Televisão, nem pensar, Jornal do Almoço, neca. Em se tratando do grupo que monopoliza a comunicação em Santa Catarina nenhuma surpresa. Fatos como esse não merecem desses senhores nada além de um muxoxo, um "registre-se". demonstram claramente e a toda hora que não estão nem aí para as nossas tradições, a nossa gente. O negócio deles é espalhar galpões e ctgs pelo estado afora.  Cansamos de ver nossos personagens ilustres, aqueles que fizeram desta a ilha da magia sairem de cena sem que lhes seja dado uma exposição maior que as 3 ou quatro linhas do obituário. No futebol, depois que entraram para a Academia Ilhoa das "Letras" escancaram a preferência pela cor(?) preta sem a menor cerimônia e dane-se quem quiser. 
Adolfinho merecia mais. 

4 comentários:

  1. Mr. Pereira, essa é a dura realidade. De fato, a imprensa(?) catarinense(?) nada fez do que se omitir às nossas raízes. Isso não causa surpresa porque sempre foi assim. Adolfinho não devia constar no Jornal do Almoço, no DC nem qualquer outro veículo daquele canal, simplesmente porque não são catarinenses. Parabéns pelo blog, deixou de ter apenas as belas charges e desenhos para ser também um formador de opinião. Continue assim, com a arte nas duas formas: escrita e desenhada. Enfim, uma pintura!

    ResponderExcluir
  2. Valeu, JK, obrigado. Sua presença cá no manja é por demais gratificante. Chega mais...

    ResponderExcluir
  3. Uma pergunta?
    Não veio ninguém da imprensa no velório? Nenhum repórter? Porque o bairrismo?

    ResponderExcluir
  4. Ninguém da imprensa monopolista nem da "caseira".
    Bairrismo? Eu te pergunto: por que o anonimato?

    ResponderExcluir